Como enfrentar uma crise financeira e empresarial

Apesar do que pode parecer, ao enfrentar uma crise financeira, muitas vezes o melhor mesmo é você não fazer nada, pelo menos não de cabeça quente, apenas confiando no extinto. A primeira coisa que você precisa fazer é analisar com calma a situação, ou decisões impensadas podem levar a outras situações piores. Para resumir o que você precisa evitar em uma crise financeira, preparamos essa matéria.

Nada de usar o dinheiro dos outros!

Pressionado e angustiado com a cobrança dos credores, tendemos a querer resolver a situação ganhando um pouco mais de tempo para colocar tudo em ordem, e é aí que mora o perigo e a oportunidade da maioria dos serviços financeiros com juros abusivos. Na prática, usar um empréstimo para pagar outro é trocar de dívidas, o que normalmente tende a significar taxas maiores, prazos mais apertados e, novamente, mais corda para se enforcar, aumentando assim o risco da famosa inadimplência. E esse risco de inadimplência significa, inclusive, maiores restrições em bancos no futuro. Para empréstimos, por exemplo, a tendência é que os juros aumentem, o que a longo prazo é agravar bastante a situação.

Ao invés de fazer um novo empréstimo, elabore um plano de pagamento das dívidas que possui. Esse planejamento fará toda a diferença, pois, assim, você terá uma perspectiva de quanto o seu dinheiro irá render até que a conta esteja quitada, o que acaba ajudando a administrar melhor o dinheiro.

Vão-se os anéis, ficam-se os dedos.

COMO ENFRENTAR A CRISE

Outro ponto importante é não ficar se apegando ao seu estilo de vida. Seus bens excedentes, aquilo que é supérfluo e as contas que não são prioridade devem ser totalmente eliminadas. É duro trocar aquele carrão 2.0 por um popular 1.0? Pior ainda é ver a máquina sendo tomada pelo banco ou seu filho tendo que ir para um colégio público. Dependendo do grau de endividamento em que você se encontra, não existe outra solução a não ser cortar os gastos.

Na hora de passar a tesoura no cartão, comece pelos gastos pessoais, o que envolve do básico ao complexo, ou seja, das despesas com alimentação, passando por vestuário até chegar às atividades de lazer. Se você tinha um estilo de vida que agora não consegue mais manter, não olhe pra trás. Corte gastos, corte aquele clube maneiro que só é mais uma conta (normalmente alta) no final do mês. Os amigos de verdade não dependem do que você tem para mostrar, mas do que você tem para oferecer.

E jamais fuja dos seus credores. Na maioria das vezes, as instituições estão mais interessadas em oferecer soluções do que cobrar resoluções. Seja sincero com ele e explique a situação. Por incrível que pareça, seu credor é humano igual a você e, para ele, é melhor, por exemplo, receber menos em mais tempo do que não receber nada ou perder um cliente. Mas não espere milagre e uma atitude totalmente receptiva dos credores. Eles têm interesse em ajudar, mas, se você ficar enganando, a probabilidade de ele dificultar as coisas é bem grande.

José Roberto Castanheira Camargo

Administrador de Empresas , Advogado e Pós-Graduado em Direito Empresarial  ,Direito Tributário e MBA em Auditoria Contábil, com vasta experiência profissional junto a empresas multinacionais e serviços de Consultoria Jurídica Empresarial , atualmente é titular da Castanheira Consultores Associados.

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